segunda-feira, 8 de março de 2010

Adriano - o imperador da instabilidade


A repercussão da confusão envolvendo o atacante do Flamengo Adriano e a sua noiva, Joana Machado, na madrugada da última quinta para sexta-feira (dias 4 e 5), estampou manchetes de diversos jornais especializados em esporte, inclusive do exterior. Descontrolada com a saída do atacante, que foi a uma festa no Morro da Chatuba, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a loira brigou feio com o jogador e apedrejou os carros de outros atletas do Flamengo que se encontravam no local (Álvaro, Vágner Love e Dênis Marques). O goleiro Bruno também não deixou de comparecer à celebração.

Quando optou por abandonar o futebol há cerca de um ano, rescindindo o milionário contrato que tinha com a Internazionale/ITA, o imperador alegou que estava infeliz e que precisava de um tempo no Brasil, mais precisamente na favela carioca onde nasceu, Vila Cruzeiro, para resgatar a felicidade. No entanto, semanas depois, firmou contrato com o rubro-negro, que o revelou para o futebol. Entre regalias, como o direito de faltar muitos treinos, e gols, se tornou peça-chave do campeão brasileiro Flamengo, uma vez que foi o artilheiro da competição junto com o atleticano Diego Tardelli (cada um assinalou 19 tentos).

Depois de ter garantido a permanência no rubro-negro para a temporada de 2010, o imperador disputou cinco dos 11 jogos da equipe no ano até o momento e faltou muitos treinos. Agora, eclodiu mais uma confusão do centroavante longe dos gramados. A instabilidade emocional de Adriano é evidente. A perda do pai e o meteórico sucesso no futebol europeu pesaram na cabeça de um jogador oriundo de uma comunidade carente do Rio de Janeiro mais que dez bigornas. Adriano e dirigentes do Flamengo já confirmaram que o jogador tem problemas com o álcool. Muitos especulam que o buraco é mais embaixo, com o envolvimento de drogas ilícitas. Seja qual for a questão, é evidente que o jogador tem uma cabeça fraca e desequilibrada.

Não devemos negar ajuda a ele, mas também não podemos passar a mão na cabeça imperial o tempo todo como se ele fosse uma criança e não pudesse responder por seus atos. O próprio pragmático técnico da Seleção Brasileira Dunga declarou que o imperador precisa abrir o olho, pois a Copa vem aí.

Considerando todos os aspectos extra-campo vivenciados pelo artilheiro e o fato de não ser mais o jogador de outrora (entre os anos de 2004 e 2006), embora ainda se destaque, será que o jogador, que está fora do peso, merece - esse é o melhor verbo - estar na Seleção Brasileira? O Brasil possui tantos destaques na posição, mas insiste em contar com ele. Não há uma dependência de seu futebol. Ele é importante, mas não imprescindível. Pelo que está fazendo, não merece ir para a Copa. Seria uma "recompensa" por seus desvairados e instáveis atos.

2 comentários:

Mirra Moraes disse...

se esse homem for para a copa, será palhaçada... seria melhor até o ronaldo.

Bernardo Mendes Barata disse...

O Ronaldo não vem jogando tão bem no Corinthians e convive há muito tempo com problemas de peso. Mas é um ser que, certamente, se inspira durante uma disputa de Copa do Mundo.