quinta-feira, 25 de março de 2010

Como tem jogado Messi


O jovem argentino Messi, que atualmente tem apenas 22 anos, tem jogado o fino no timaço do Barcelona/ESP. Ao lado de feras como Xavi, Iniesta, Daniel Alves, Pedro, Bojan, Ibrahimovic e Henry, entre outros, o hermano tem levado as defesas rivais à loucura. Não apenas pelas arrancadas, belos dribles e imensa visão de jogo, mas também pelos muitos gols que tem feito, apesar de não ser centroavante. Na Liga dos Campeões, por exemplo, desmoronou a defesa do Stuttgart/ALE, na goleada por 4 a 0. Além de ter feito dois gols, o craque ainda deu uma assistência. Vale ressaltar que, na partida anterior e na seguinte a essa, ambas pelo Campeonato Espanhol, ele fez seis gols, sendo três contra o Valencia (vitória por 3 a 0) e três contra o Zaragoza (vitória por 4 a 2, em jogo que ainda sofreu pênalti convertido por Ibrahimovic).

Ainda não sei se Messi já atingiu o mesmo patamar que o nosso Ronaldinho Gaúcho no Barça, entre os anos de 2003 e 2005, principalmente. O que o dentuço fazia naquela época era difícil de descrever, pois só mesmo vendo para crer. Entretanto, Messi parece ser daqueles jogadores que encantam o futebol e que podem ganhar um título "sozinho", como Maradona fez na Copa do Mundo de 1986, por exemplo. A Seleção Brasileira precisa abrir o olho. Muitos consideram Espanha e Inglaterra os principais rivais canarinhos na Copa da África do Sul. Mas é bom respeitar a nossa vizinha Argentina, que pode ser campeã sob batuta do grande Lionel Messi.

Saída do Mancini no Vasco era a melhor solução


A trajetória do Vasco após a perda da final da Taça Guanabara para o Botafogo foi marcada por péssimas atuações e resultados ainda piores. Após ganhar os três primeiros jogos da Taça Rio (2 a 1 contra o Volta Redonda, 2 a 0 contra o Bangu e 1 a 0 contra o Boavista), o Gigante da Colina amargou três derrotas consecutivas (1 a 0 para o arquirrival Flamengo, 1 a 0 para o Olaria e 3 a 2 para o Americano). Salvo a performance contra o rubro-negro, que foi boa apesar do placar, a equipe demonstrou uma latente queda técnica em relação ao primeiro turno do Campeonato Carioca. Na Copa do Brasil a situação não foi diferente, já que o cruzmaltino eliminou o fraco Sousa-PB com os apertados placares de 2 a 1 e 0 a 0 e, ainda, empatou em 1 a 1 com o ASA-AL.

Como explicar uma sequência tão longa de resultados medíocres? O que aconteceu para que o Vasco tivesse uma queda tão acentuada de produção? Nos bastidores comenta-se que o ex-técnico Vágner Mancini perdeu o comando e a "simpatia" de alguns jogadores, sobretudo por não ter um time titular definido. A cada jogo do Vasco, víamos escalações diferentes (mesmo contabilizando as mudanças forçadas, com lesões e suspensões de jogadores) e esquemas diferentes. Em pouco mais de um mês o time jogou no 4-4-2, 3-5-2, 3-6-1 e 4-3-3. Excluindo poucos titulares absolutos de Mancini, como Fernando Prass, Fernando, Titi, Márcio Careca, Carlos Alberto e Philippe Coutinho, um verdadeiro rodízio foi feito na equipe.

De uma ora pra outra o esquecido Fumagalli, que nem ficava no banco de reservas, se tornou titular em dois jogos, por exemplo. Simultaneamente, o apoiador Magno, da mesma posição e que vinha sendo o reserva imediato do craque Carlos Alberto, foi preterido. Já o prata-da-casa Souza, que tem um potencial enorme, passou a ficar à margem do fraco e violento Paulinho. De titular na Taça Guanabara, o Léo Gago passou a ficar fora da lista dos relacionados. Quando as coisas não vão bem, mudanças precisam ser feitas. Mas mudanças a rodo como aconteceram no Vasco em tão pouco tempo demonstram ansiedade, nervosismo e falta de confiança.

Lógico que o Vágner Mancini não pode ser responsabilizado por tudo, como a péssima fase do artilheiro Dodô, bem simbolizada pela perda de dois pênaltis contra o Flamengo. Também nos parece evidente que ele não tem culpa pelas diversas contusões de Carlos Alberto, que deveria estar liderando o time em campo. Porém, a parcela de culpa do técnico é enorme na medida em que bons jogadores não renderam o que deles se esperava.

O volante Rafael Carioca, eleito o segundo melhor cabeça-de-área pela direita no Brasileirão de 2008, desaprendeu a jogar? O polivalente Léo Gago, que talvez tenha sido o maior destaque na surpreendente campanha do Avaí no Brasileirão do ano passado, não sabe mais passar uma bola? O Souza, que foi titular jogando bem na Seleção Brasileira sub-20 no mundial da categoria, disputado no ano passado no Egito, se tornou um jogador pragmático? O Márcio Careca, que era um dos principais homens-surpresa do bom Barueri, em 2009, não sabe mais chutar ou cruzar uma bola? Os beques Gustavo e Thiago Martinelli não sabem mais efetuar bons desarmes como faziam em seus clubes anteriores? E o que falar do Dodô, que perdeu o faro de gol e o ritmo de jogo, e do Rafael Carioca, que, de goleador do Figueirense, se tornou apenas um fraco esforçado?

É consenso que o Vasco não tem um elenco que arranque suspiro de um amante de futebol, como eu. Mas, pelo menos pra mim, o plantel formado em 2010 é o melhor de anos. O time possui pouquíssimos jogadores que podem desequilibrar uma partida, como Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Dodô. Mas possui bons titulares e alguns reservas de nível semelhante. Por mais que o elenco não seja brilhante, convenhamos, é um elenco para conquistar os últimos resultados? A chegada de um novo técnico pode provar ou derrubar minha tese. Afinal, a imprevisibilidade do futebol é, talvez, uma de suas maiores magias.


sexta-feira, 19 de março de 2010

Muralhas cariocas

Se o Rio de Janeiro parece estar voltando ao posto das maiores forças do futebol brasileiro, muito se deve aos goleiros dos quatro grandes times, que atravessam boa fase há um bom tempo. Com os dois pênaltis defendidos contra o Vasco no domingo passado, embora tenha se adiantado bastante na segunda cobrança, o arqueiro rubro-negro Bruno passa segurança entre as balizas mesmo falhando em alguns gols vez ou outra. Considero os pedidos de sua convocação para a Seleção Brasileira exagerados, pois vejo pelo menos três goleiros acima dele no momento (Júlio César, Hélton e Victor). Entretanto, mesmo com diversos problemas extracampos - como as declarações sobre "quem nunca saiu no tapa com a mulher?" -, não nego o bom momento técnico.

Depois de muitos anos, desde a saída de Fábio para o Cruzeiro, o Vasco finalmente buscou uma referência para o gol. Com serenidade fora dos gramados e reflexos apurados, Fernando Prass encanta a torcida cruzmaltina, se tornando um dos poucos não responsabilizados pelo recente mau desempenho da equipe, que sofreu uma queda vertiginosa de produção a partir de fevereiro. O experiente goleiro já havia se destacado no Coritiba, mas como passou muitos anos em um pequeno clube português, o União Leiria, tem ganhado o maior reconhecimento em sua carreira agora, após ter passado a casa dos 30 anos.

Já o Fluminense tem contado com um sólido sistema defensivo que começa nas mãos de Rafael. O goleiro havia se destacado no Vasco no fim de 2008, mesmo tendo jogado apenas oito partidas no Brasileirão e tendo sido rebaixado com a equipe. Sua imagem ficou bastante arranhada no início de 2009, pois o atleta forçou uma saída do gigante da colina, com o acúmulo de atos de indisciplina na pré-temporada daquele ano, para aportar no Fluminense, que lhe enviou uma proposta mais vantajosa no aspecto financeiro. Após demorar a ultrapassar os concorrentes Fernando Henrique e Ricardo Berna, o goleiro entrou no time para não sair mais. Foi um dos principais responsáveis pela histórica reação tricolor no Brasileirão-2009, na fuga da queda para a Série B.

Não menos seguro e talentoso é o goleiro botafoguense Jéfferson, que já havia atuado no time em anos anteriores. Depois de uma longa passagem pelo futebol turco, o jogador foi contratado com a missão de melhorar as péssimas estatísticas da defesa do Botafogo, que lutava contra o rebaixamento. Com defesas brilhantes, o goleiro logo se tornou ídolo (creio que em sua primeira passagem não conquistara tal posto no imaginário da torcida). Contra o Santa Cruz, na última quarta, pela Copa do Brasil, o goleiro fez uma série de boas defesas e ainda se deu ao luxo de defender um pênalti.

O futebol carioca continua com diversos problemas estruturais e com alguns atrasos de pagamentos de salários. Em muitos aspectos, a gestão precisa melhorar. Os times estão mais fortes em relação aos últimos anos, de uma maneira geral, mas ainda apresentam problemas. Talvez, salvo o Flamengo, nenhum entre na disputa do Brasileirão deste ano entre os favoritos ao título. Pelo menos, enxergo que o futebol do Rio de Janeiro está bem servido no gol. Se um bom time começa pelo gol, os times cariocas partem de uma perspectiva otimista para montar elencos fortes no segundo semestre.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Contrastes entre os dois gigantes espanhóis

Com um gasto de pouco mais de R$600 milhões em craques como Kaká, Cristiano Ronaldo e Benzema, entre outros caros coadjuvantes, o Real Madrid/ESP montou o seu elenco para a temporada 2009/2010. O grande sonho do time nesse período, em dúvida nenhuma, era a conquista da Champions League, ainda mais pelo palco da final ser o seu próprio estádio: o Santigo Bernabeu.

No entanto, a maldição que acompanhava o time há cinco temporadas, se repetiu em 2009/2010, já que o Real foi eliminado novamente nas oitavas-de-final do campeonato. Dessa vez, o algoz foi o francês Lyon, que provavelmente possui um de seus times mais fracos no século XXI.

Passa ano e sai ano e a sina do Real continua a mesma, uma vez que o estelar clube insiste em contratar jogadores a peso de ouro com o intuito de faturar milhões em marketing. Mas a função social da instituição, que é ser uma agremiação de futebol, acaba ficando de lado. Embora os merengues tenham contratado zagueiros como Albiol e Arbeloa, o time ainda ressente de um sistema defensivo mais sólido - a exceção é o bom goleiro Casillas - e de entrosamento. Outro velho problema do clube tem nome e sobrenome: Raul Gonzalez, que não larga seu trono nos galácticos de jeito nenhum mesmo ficando na reserva.

Por fim, vamos ser justos: ninguém contava com a má fase de Kaká, adaptadíssimo ao futebol italiano, mas com uma lesão crônica que vem atrapalhando seu desempenho no clube espanhol e na Seleção Brasileira do técnico Dunga. Seria justo dar um tempo maior para o craque encontrar seu espaço e se livrar dos problemas físicos. Mas como cobrar isso de uma torcida acostumada a ver os maiores craques do mundo e que celebra a boa fase do luso Cristiano Ronaldo, que foi contratado no mesmo período do atleta brasileiro?

Enquanto o Real, clube de maior orçamento do mundo, vive uma tênue linha entre acontecimentos nos meios esportivo e do marketing, seu arquirrival Barcelona, que ultrapassou a arrecadação do inglês Manchester United recentemente, encanta o mundo com seu futebol eficiente, vitorioso e, sobretudo, encantador.

Mesmo com a má fase do excelente atacante francês Henry, o time catalão brilha nos gramados sob a regência de Messi, Ibrahimovic, Daniel Alves, Xavi e Iniesta, entre outros. Uma das grandes diferenças entre Barcelona e Real Madrid é a quantidade de bons jogadores revelados pelo primeiro, que hoje sairiam de lá em negociações envolvendo grandes cifras.

Além dos habilidosos Xavi e Iniesta, o Barça ainda tem em seu time titular os pratas-da-casa Valdés, Piqué e Puyol. Outros jogadores, como Pedro e Bojan, sempre entram muito bem no time. O rico Barcelona revela grandes valores e contrata jogadores de acordo com suas "deficiências". Já para o Real Marketing Madrid, o importante é ter nomes de peso. No último caso, lamento, cada vez mais, a diluição da magia chamada futebol.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Enquanto isso...



Enquanto o imperador Adriano gera diversas manchetes nos jornais em decorrência do futebol e dos aspectos extracampo, vemos dois jovens atacantes brasileiros brilhando cada vez mais. Não acharia má idéia convocar o abusado Neymar, do Santos, ou o talentoso Alexandre Pato, do Milan/ITA, para a Copa. Ambos desempenhariam papel semelhante ao do Ronaldo Fenômeno no Mundial de 1994, quando ganhou experiência e se tornou um dos principais jogadores brasileiros nas Copas seguintes mesmo sem ter entrado em campo naquele ano. Talvez a experiência fosse válida. Caso entrassem em campo, poderiam incendiar uma partida, ao meu ver.

Recentemente, Dunga convocou na posição dois atacantes que atuam no futebol alemão: Grafite (Wolfsburg) e Carlos Eduardo (Hoffenheim). Nada contra os dois, que certamente são bons jogadores. Mas não atravessam momentos tão bons quanto Neymar e Alexandre Pato. Enquanto o primeiro brilha no ótimo time do Santos, que é o melhor do futebol brasileiro neste início de ano, o segundo sempre marca seus gols - muitas vezes com assistências do gênio Ronaldinho Gaúcho - no Scudetto. Talento não falta para os dois jovens atletas. Ambos poderiam ser um alento na pragmática e óbvia batalhadora seleção da era Dunga.

Adriano - o imperador da instabilidade


A repercussão da confusão envolvendo o atacante do Flamengo Adriano e a sua noiva, Joana Machado, na madrugada da última quinta para sexta-feira (dias 4 e 5), estampou manchetes de diversos jornais especializados em esporte, inclusive do exterior. Descontrolada com a saída do atacante, que foi a uma festa no Morro da Chatuba, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a loira brigou feio com o jogador e apedrejou os carros de outros atletas do Flamengo que se encontravam no local (Álvaro, Vágner Love e Dênis Marques). O goleiro Bruno também não deixou de comparecer à celebração.

Quando optou por abandonar o futebol há cerca de um ano, rescindindo o milionário contrato que tinha com a Internazionale/ITA, o imperador alegou que estava infeliz e que precisava de um tempo no Brasil, mais precisamente na favela carioca onde nasceu, Vila Cruzeiro, para resgatar a felicidade. No entanto, semanas depois, firmou contrato com o rubro-negro, que o revelou para o futebol. Entre regalias, como o direito de faltar muitos treinos, e gols, se tornou peça-chave do campeão brasileiro Flamengo, uma vez que foi o artilheiro da competição junto com o atleticano Diego Tardelli (cada um assinalou 19 tentos).

Depois de ter garantido a permanência no rubro-negro para a temporada de 2010, o imperador disputou cinco dos 11 jogos da equipe no ano até o momento e faltou muitos treinos. Agora, eclodiu mais uma confusão do centroavante longe dos gramados. A instabilidade emocional de Adriano é evidente. A perda do pai e o meteórico sucesso no futebol europeu pesaram na cabeça de um jogador oriundo de uma comunidade carente do Rio de Janeiro mais que dez bigornas. Adriano e dirigentes do Flamengo já confirmaram que o jogador tem problemas com o álcool. Muitos especulam que o buraco é mais embaixo, com o envolvimento de drogas ilícitas. Seja qual for a questão, é evidente que o jogador tem uma cabeça fraca e desequilibrada.

Não devemos negar ajuda a ele, mas também não podemos passar a mão na cabeça imperial o tempo todo como se ele fosse uma criança e não pudesse responder por seus atos. O próprio pragmático técnico da Seleção Brasileira Dunga declarou que o imperador precisa abrir o olho, pois a Copa vem aí.

Considerando todos os aspectos extra-campo vivenciados pelo artilheiro e o fato de não ser mais o jogador de outrora (entre os anos de 2004 e 2006), embora ainda se destaque, será que o jogador, que está fora do peso, merece - esse é o melhor verbo - estar na Seleção Brasileira? O Brasil possui tantos destaques na posição, mas insiste em contar com ele. Não há uma dependência de seu futebol. Ele é importante, mas não imprescindível. Pelo que está fazendo, não merece ir para a Copa. Seria uma "recompensa" por seus desvairados e instáveis atos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Tradição vascaína em xeque

Recentemente, o técnico do Vasco da Gama, Vágner Mancini, se queixou da desgastada relação entre Vasco e torcida. O comandante do time carioca disse que não entendia o relacionamento visto que a equipe havia conquistado mais de 75% dos pontos disputados no Campeonato Carioca, tendo uma seqüência de seis partidas com vitória. O que justifica a revolta dos fãs cruzmatinos, que no insosso empate sem gols contra o Sousa-PB, em jogo válido pela partida de volta da primeira fase da Copa do Brasil, chegaram a ficar de costas para o gramado?

Embora a grande maioria dos atletas do atual elenco vascaíno esteja no clube há um tempo relativamente pequeno - com exceção dos jovens oriundos das categorias de base, o mais antigo é o goleiro reserva Tiago, que aportou no Gigante da Colina no início de 2008 após boa passagem pela Portuguesa-SP -, eles precisam compreender que a torcida do Vasco tem uma impaciência maior que muitas outras pois o último título de primeira divisão foi conquistado em 2003 (Campeonato Carioca, pois não consideramos os turnos, seja Taça Guanabara ou Taça Rio, desta competição).

Além disso, o Vasco protagonizou no século XXI o maior vexame de sua história, com o inédito rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2008. Mesmo tendo conquistado o torneio no ano seguinte, a tradição vascaína recebeu uma dolorosa mancha. Por fim, muitos acusam o time de amarelar em partidas decisivas, especialmente contra o arquirrival Flamengo (descontadas as finais de turnos do Campeonato Carioca, o cruzmaltino perdeu as últimas cinco decisões para o rubro-negro).

Mesmo tendo conquistado 75% dos pontos no Cariocão deste ano, como afirmou Vágner Mancini, é notório que o time não apresenta um bom desempenho desde a quinta rodada da Taça Guanabara, quando superou o Friburguense por 3 a 0, com três gols de Dodô, o artilheiro dos gols bonitos. Até o momento, se passaram sete partidas, com uma derrota (simplesmente na final da Taça Guanabara, para o Botafogo), três empates (Madureira, Fluminense - vitória nos pênaltis - e Sousa-PB) e três vitórias (placares apertados contra Resende, Sousa-PB e Volta Redonda).

Considero o plantel vascaíno o melhor dos últimos seis anos, pelo menos. Mas o time não engrena. Não engrena por falta de vontade de alguns jogadores e por decisões equivocadas de Vágner Mancini, que considera - ou fingi considerar - que tudo está a mil maravilhas na caravela cruzmaltina. O atual técnico é promissor, mas precisa entender que está comandando um clube grande. Grande não. Gigante, gigantesco. Das duas uma: ou Mancini peca por ter uma mentalidade pequena à frente de um time colossal ou erra por não admitir seus erros, mesmo que sejam por inexperiência e falta de total adaptação. O Vasco precisa se portar com o tamanho que possui. Ele e os profissionais que o comandam. Depois da tempestade, aguardamos, esperançosos, pela calmaria.