terça-feira, 1 de junho de 2010

Argentina ao ataque









Outro dia li reportagem no jornal O Globo sobre o "problema" que o técnico da Seleção da Argentina, Diego Maradona, tem em escolher o companheiro de ataque do genial Lionel Messi, do Barcelona/ESP. A relação dos convocados para a Copa do Mundo dispõe de cinco concorrentes, que possuem características diferentes: Tevez, com rapidez e mobilidade; Palermo, com experiência e posicionamento; Diego Milito, com faro de gol e em ótima fase; Higuaín, com juventude e oportunismo; e Agüero, que não atravessa boa fase mas tem qualidade técnica inquestionável. Creio que, aos amantes do futebol ofensivo, esse é um belo dilema para resolver.

A lista argentina que representará o país portenho na África do Sul em poucos dias é praticamente uma versão oposta da tupiniquim, já que a última, como dito em post anterior, tem bem menos opções ofensivas, sendo mais "equilibrada" (o sentido do termo empregado pelo técnico Dunga). Enquanto nossos vizinhos até extrapolaram na ofensividade, com poucos jogadores defensivos, o futebol pentacampeão mostrará, em campo, uma seleção com feição alemã ou italiana.

Não acompanho tanto os jogadores argentinos como os brasileiros, embora a maioria dos atletas dos dois países joguem em grandes times europeus. Mas, se fosse para indicar um ataque na Argentina, tentaria escalar Messi, Tevez e Diego Milito. Enquanto o primeiro joga de meia-atacante mais pela ponta direita, o segundo faz a função de segundo atacante pela esquerda. Já Milito, que joga na campeoníssima Internazionale/ITA há uma temporada (antes defendia, na Bota, o Gênoa), está em fase brilhante, coroada pela atuação de gala e dois gols na recente final da Liga dos Campeões 2009/2010 contra o Bayern/ALE no Santiago Bernabéu, em Madri.

Embora considere o Milito inferior tecnicamente ao Higuaín (também fez boa temporada no Real Madrid/ESP) e Agüero (foi ofuscado pelo companheiro uruguaio Forlán no Atlético de Madrid/ESP nesta temporada, que terminou com a conquista da Liga Europa diante do Fulham/ING), apostaria nele. De todos, vejo o Palermo como a última opção, pois não tem muitos recursos técnicos. Os maiores diferenciais do experiente centroavante do Boca Juniors/ARG são a garra e a estrela em partidas decisivas. É um bom nome, mas atrás dos demais.

Não digo que tenho inveja dos hermanos, mas seria bom, no plano das ideias ao menos, imaginar um dilema parecido na Seleção Canarinho: que ataque formar com opções como Luís Fabiano, Robinho, Nilmar, Neymar e Alexandre Pato? De qualquer maneira, com ou sem esse quebra-cabeça, avante Brasil! Como disse o Felipe Melo, a Argentina deve fazer uma grande campanha, mas esperamos que fique atrás dos pentacampeões.

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