segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O bambino d'ouro também é feito de diamante e platina?


Encerrada definitivamente na semana passada, a negociação entre Manchester City/ING e Milan/ITA pela compra de Kaká girou em torno de valores descomunais e inéditos no meio do futebol. Várias cifras foram especuladas na imprensa, sempre estando na casa dos €100 a €120 milhões pelo passe (de R$306 a R$378 milhões) e €19 milhões de salários por temporada (R$59 milhões).

Para se ter uma idéia, a negociação mais cara até hoje, envolvendo a saída de Zidade da Juventus/ITA para o Real Madrid/ESP, em 2001, foi de €73 milhões (veja as vendas mais caras já realizadas). Por amor ao Milan ou por querer permanecer num clube de ponta, não importa, Kaká rejeitou a oferta dos árabes que controlam o pequeno clube inglês.

A pergunta que não quer calar é: qual seria o valor de mercado atual de jogadores como Pelé, Maradona, Garrincha, Di Stéfano, Cruyff, Platini, Beckenbauer, Puskas, Didi, Zico, Rivellino e tantos outros? Quantos zeros seriam necessários para contratar o serviço desses jogadores, que fizeram parte da nata do futebol de todos os tempos?

Os clubes, antes detentores dos atletas, agora são órfãos de grandes grupos de investidores e megalomaníacos. Onde isso irá parar? Até quando a conivente Fifa irá permitir esses devaneios? Quanto será que ela ganha em cada negociação astronômica como a que estava em curso? Como estamos em meio de uma crise econômica, é necessário garantir o pé-de-meia...

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